domingo, novembro 08, 2009

Pequenos pulmões para grandes cidades

“Pequenos pulmões para grandes cidades” é o nome escolhido para o projecto de construção de um telhado verde para um dos edifícios do Colégio Valsassina.
"As coberturas são cada vez mais importantes", afirma o arquitecto Manuel Salgado, vereador da câmara de Lisboa para o urbanismo e planeamento estratégico. "Em Lisboa, essa solução ganha uma importância ainda maior a nível estético". Estes pequenos pulmões podem mesmo servir como reguladores térmicos da cidade. Segundo Manuel Salgado, a opção "pode reduzir dois a três graus centígrados na temperatura das cidades". Sendo certo que não substituem os jardins, "permitem respiração e ajudam a diminuir o efeito de estufa". Os chamados telhados verdes facilitam a circulação atmosférica, absorvem a água das chuvas e contribuem para uma redução do consumo energético devido aos seus poderes isoladores, e permitem ainda um isolamento acústico mais eficaz. Enquanto uma cobertura normal pode aquecer até aos 60 graus, uma com relvado chega apenas aos 25: a diferença reflecte-se na diminuição do uso de ar condicionado, na factura energética (redução de custos entre 20 a 30%) e na pegada ecológica (adaptado de www.ionline.pt).
Num projecto dinamizado pelas disciplinas de Área-Projecto e Biologia, do 12º ano, pretende-se estudar, projectar e por fim, instalar um telhado verde. Este projecto enquadra-se também na estratégia interna de combate as alterações climáticas que tem como meta reduzir, até 2012, a nossa pegada carbónica em 10%.

quinta-feira, julho 09, 2009

Pegada Carbónica do Colégio Valsassina (2006/07 – 2007/08): Redução de 14% das emissões GEE


Para o cálculo da pegada carbónica anual definimos que cada ano lectivo corresponde ao período compreendido entre Setembro e Agosto do ano seguinte. Deste modo, é possível incluir toda a actividade da escola. Assim, em cada ano lectivo propomo-nos a calcular a pegada carbónica do ano anterior.De referir que o ano lectivo 2006/07 constituiu um ano de teste. Coincidiu com o início do projecto, tendo sido o primeiro ano a proceder a uma recolha detalhada dos dados necessários ao cálculo da pegada carbónica. Contudo, entre Dezembro de 2006 e Agosto de 2007 o Colégio passou por intensas obras de remodelação. Registou-se um aumento do número e volume de edifícios e aumentou-se a quantidade de muitos equipamentos. Deste modo, consideramos mais correcto adoptar o período correspondente entre Setembro de 2007 e Agosto 2008 (que corresponde ao ano lectivo 07/08) como o ano base para as análises necessárias à evolução da pegada carbónica.

Verifica-se assim, que a pegada carbónica em 2007/08 é de 444 tonCO2e. O que representa uma redução de 75 tonCO2e relativamente ao ano lectivo anterior, representando uma quebra de 14%.
Contudo, consideramos que este valor acarreta uma maior responsabilidade para assegurar o cumprimento da meta final, até 2012.
Não obstante, os dados apresentados levam-nos a repensar a forma como são organizadas as viagens, sobretudo as realizadas de avião. Impõe-se concluir o estudo, iniciado em Janeiro de 2008, sobre a possibilidade de compensar estas deslocações.
Verificamos que as emissões de âmbito 3 têm sofrido flutuações as quais acabam por influenciar de forma directa o valor final da pegada carbónica.

Em relação às emissões associadas à produção de electricidade adquirida, tem-se verificado uma tendência para um aumento que, em parte, pode ser justificado pelo processo de instalação em algumas salas de aparelhos de climatização, na sequência conclusão das obras iniciadas em 2007. Não obstante, estes valores devem ser alvo de uma urgente avaliação.

A importância e utilidade da ferramenta para o Colégio Valsassina

Num mundo em que as Alterações Climáticas constituem um dos maiores desafios para a sustentabilidade do planeta o Colégio Valsassina, reforçando a sua condição de Espaço/Quinta, reconhece que a gestão voluntária do carbono e o combate às alterações climáticas passa em grande medida pela redução de emissões de Gases com Efeito de Estufa, por aumentos de eficiência, em particular, eficiência energética e pela utilização racional dos recursos naturais.
Reconhece ainda a importância de não esperar para agir e por isso assume voluntariamente o compromisso de gerir as emissões de carbono afectas à sua actividade, tendo em mente a sua visão e missão perante esta problemática, o que implica:
a) Actualizar anualmente o inventário de gases com efeito de estufa/pegada de carbono. A ferramenta construída será a base deste diagnóstico;
b) Definir, manter e actualizar o Plano de Acção Climática;
c) Definir e actualizar um plano/política de compensação das emissões de gases com efeito de estufa associadas à sua actividade anual;
d) Estabelecer e rever os seus objectivos e metas de redução tendo em vista tornar-se uma low carbon school;
e) Considerar o impacto carbónico, da fabricação e operação, dos produtos e serviços que utiliza ou venha a adquirir;
f) Comunicar interna e externamente os resultados obtidos, de modo a sensibilizar, educar e mobilizar a comunidade escolar para a alteração de comportamentos e para a questão das alterações climáticas.
Conhecer, anualmente, a pegada carbónica do Colégio Valsassina permite-nos avaliar o trabalho realizado, e decidir qual ou quais os sectores cuja acção deve ser prioritária. Como tal, anualmente são definidos, e avaliados, planos de redução e compensação.
Mas, acima de tudo, neste preciso momento pensamos estar em condições para analisar os dados dos últimos 2 anos e, com o apoio da ferramenta para cálculo da pegada carbónica, decidir qual a melhor forma de atingir a meta de 10% de redução, até 2012.

A ferramenta para cálculo da pegada carbónica do Colégio Valsassina (2)

A ferramenta para cálculo da pegada carbónica do Colégio Valsassina foi construída entre Novembro de 2008 e Maio de 2009. Tem como base:
- A definição/escolha da metodologia de acordo com as directrizes do PGEE;
- A definição das fronteiras organizacionais e operacionais, nomeadamente a escolha dos 3 âmbitos;
- A determinação dos factores de emissão/conversão;
- O trabalho de parceria com a Ecoprogresso.
A ferramenta foi construída em suporte Excel, para o horizonte 2008-2012, tendo em consideração o período definido para a primeira fase do projecto “Gestão Voluntária de Carbono: a caminho de uma low carbon school”. A sua construção foi um trabalho coordenado pela Ecoprogresso e articulado com os elementos da equipa da energia do Colégio Valsassina, em particular o grupo de alunos.
Pretendemos que a ferramenta proposta nos apoie no tratamento da informação e na condução dos trabalhos de modo a atingir a meta final de redução, em 2012, mas também se caracterize por ser pedagógica, ou seja, que possa “ensinar a comunidade escolar” do que está a ser bem feito ou o que precisa de melhoria e nos indique qual o melhor caminho a seguir.
Esta ferramenta permite:
· Introduzir os dados para cada ano até 2011/2012;
· Apresentar o cálculo anual de emissões até 2011/2012;
· Visualizar o resultado da pegada até 2012 numa tabela resumo;
· Visualizar os gráficos da pegada de carbono até 2012 por ano e por fonte/actividade e por âmbito considerado:
· Acompanhar o cumprimento da meta de 2% ao ano e 10% até 2012;

Tem ainda a potencialidade de construir cenários.

A caminho de uma low carbon school: a construção de uma ferramenta para cálculo da pegada carbónica do Colégio (1)

“A caminho de uma Low Carbon School” é o nome de um projecto que pretende, ao nível local, combater as alterações climáticas e pôr em prática políticas sustentáveis na área da energia e transportes.
O seu promotor é o Colégio Valsassina, através da Equipa da Energia, criada no âmbito do Conselho Eco-Escola. Para o desenvolvimento deste projecto foi criada uma parceria estratégica com a Ecoprogresso – Consultores em Ambiente e Desenvolvimento. Esta parceria permite-nos: adoptar e validar a metodologia mais adequada aos objectivos do Colégio, a formação dos elementos envolvidos; e o acompanhamento de todos os trabalhos.
Pretende-se elaborar e implementar um sistema de Gestão de Carbono associado às actividades do Colégio Valsassina, de forma a integrar as diversas questões ambientais onde o Colégio tem impacte, sob uma capa que abranja as Alterações Climáticas, a mais premente e actual ameaça ambiental, com importantes repercussões económicas e sociais.
Procedemos à construção de uma ferramenta para cálculo da pegada carbónica. Para tal, recorremos à metodologia de cálculo e comunicação de informação proposta pelo Protocolo de Gases com Efeito de Estufa (PGEE) que propõe, numa fase anterior ao cálculo da estimativa de emissões, o estabelecimento das fronteiras organizacionais e operacionais. Esta tarefa tem por objectivo identificar o universo de diferentes elementos abrangidos como sejam, por exemplo, todas as áreas de actividade da organização, os limites da sua ocupação geográfica e respectiva localização. Optámos por recolher dados relativos aos três âmbitos definido no PGEE, por considerar que estes oferecem um quadro de referência de registos abrangente, para gerir e reduzir as emissões directas e indirectas do Colégio Valsassina.

sexta-feira, julho 03, 2009

Visitas de estudo 2008/09 neutras em carbono

Através do seu Programa interno de Gestão Voluntária de Carbono, e integrando ética e ciência, o Colégio Valsassina está empenhado em educar e mobilizar toda a comunidade escolar com vista a tornar-se numa Low Carbon School.
Uma das opções estratégicas deste projecto relaciona-se com a compensação de emissões inevitáveis, designadamente as que estão associadas às visitas de estudo, para o exterior do concelho de Lisboa.
As emissões GEE associadas a estas actividades correspondem, em 2008/09, a um total de 29 ton CO2 que, pelo terceiro ano consecutivo, serão compensadas.
É mais um passo a caminho de uma "Low Carbon School..."

domingo, abril 12, 2009

Fundo de carbono do Colégio Valsassina - primeira aplicação

Para tornar o Colégio Valsassina uma Low Carbon School é fundamental envolver toda a comunidade escolar e desenvolver processos de apoio à concretização de medidas de redução da pegada carbónica e de compensação de emissões. Para tal foi criado, em Julho de 2008, um fundo de carbono no Colégio Valsassina através do qual se pretende financiar medidas de redução, de compensação e de comunicação.
Um dos instrumentos de apoio ao fundo de carbono foi a criação da «Taxa de Carbono» no Colégio Valsassina, a qual foi pela primeira vez aplicada às mensalidades em Dezembro de 2008.

Esta «Taxa de Carbono» tem por objectivos:
• Financiar no todo ou em parte o Fundo de Carbono do Colégio Valsassina;
• Contribuir para o cumprimento da meta de redução da pegada carbónica do Colégio Valsassina em 10% até 2012 (tendo por referência o ano base de 2006/07);
• Envolver toda a comunidade escolar em torno de um esforço comum: combater um problema de todos e tornar o Colégio Valsassina uma Low Carbon School;
• Contribuir para sensibilizar e educar a comunidade escolar no sentido da redução das emissões de gases com efeito de estufa.

A primeira aplicação deste fundo, realizou-se no passado dia 26 de Março, e envolveu todas as turmas do 1º ciclo na plantação de árvores nos espaços verdes do Colégio Valsassina. Pretendemos desta foram, sensibilizar uma parte da comunidade para a importância de combater as alterações climáticas e, ao mesmo tempo, envolver e responsabilizar os alunos para o trabalho que todos temos pela frente para reduzir a pegada carbónica da nossa escola e, com isso, contribuir para uma melhoria do ambiente do planeta.

Outras medidas já estão em preparação. Brevemente daremos mais notícias.

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Seminário «Mercado de Carbono: regulado e voluntário»

O Núcleo de Ambiente, Segurança, Saúde e Qualidade (NASSQ) do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz (ISCSEM) vai organizar no próximo dia 14 de Fevereiro, o seminário «Mercado de Carbono: Regulado e Voluntário».
Sendo a problemática das Alterações Climáticas reconhecida mundialmente e o seu combate uma necessidade que urge, surgiram um conjunto de instrumentos de acção no sentido de reduzir as emissões de Gases de Efeitos de Estufa (GEE). Ao nível da União Europeia, a constituição do comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE) representa um papel fulcral na estratégia de luta contra as Alterações Climáticas.
Deste modo, é objectivo do presente Seminário, enquadrado na temática das Alterações Climáticas, apresentar o processo de Verificação CELE, através da abordagem das respectivas fases e metodologia e da experiência das verificações ocorridas nos últimos dois anos em Portugal.
(texto retirado de http://www.nassq.com/)
O nosso projecto Gestão Voluntária de Carbono - A caminho de uma Low Carbon School vai ser uma das comunicações apresentadas no âmbito da "A experiência das empresas com iniciativas de carácter voluntário".