domingo, junho 17, 2012

Estudo revela que os professores envolvidos no Programa Eco-Escolas têm uma atitude positiva em relação ao consumo de energia


Estudo revela que os professores envolvidos no Programa Eco-Escolas têm uma atitude positiva em relação ao consumo de energia
Carolina Fonseca, Catarina Pauleta, Diogo Oliveira, Diogo Silva, Gonçalo Pereira, Joana Duarte, Manuel Portela, Pedro Leal, Vasco Diogo. Colégio Valsassina
89% dos professores envolvidos no programa Eco-Escolas refere evitar usar o ferro de engomar em usos pontuais, 88% usa programas de baixa temperatura na máquina de lavar roupa e89% opta pela compra de eletrodomésticos mais eficientes. Estes são alguns dos dados de um estudo que decorreu em janeiro e fevereiro e que envolveu 504 participantes, a maioria dos quais coordenadores e professores. A generalidade dos inquiridos tem um conhecimento médio-alto sobre o uso eficiente e poupança de energia e uma atitude “muito positiva” face à conservação de energia. Mas, há dados que motivam alguma reflexão, tais como, 59% dos participantes deixa equipamentos, como as televisões, em stand-by.

Todos nós contribuímos para o fenómeno do aquecimento global: com a energia que consumimos nas nossas casas; com as nossas opções de transporte em férias ou no dia-a-dia; com os resíduos que produzimos. Tal como nas nossas casas, nas empresas e nas escolas muitas actividades implicam a emissão para a atmosfera de gases com efeito de estuda (GEE).
A comunidade internacional está a responder a este desafio através de acordos internacionais, o mais importante dos quais é o Protocolo de Quioto, sob o qual os países industrializados se comprometeram a reduzir as suas emissões. Mas acima de tudo, todos somos responsáveis e como tal não podemos ficar à espera que "os outros" encontrem solução para este problema. Se todos fizermos um esforço este problema pode ser reduzido. Basta pequenas acções tais como a opção de uso de transportes públicos, não usar a viatura própria em pequenas deslocações, a compra de produtos de origem nacional, a compra de lâmpadas economizadoras, etc..
Neste contexto foi desenvolvido, em janeiro e fevereiro de 2012, um estudo através do qual se pretendeu identificar comportamentos sustentáveis relacionados com o consumo de energia junto dos professores envolvidos na aplicação do programa Eco-Escolas, nos vários estabelecimentos de ensino em Portugal. Foi possível recolher 504 respostas (83 do sexo masculino e 421 do sexo feminino), das quais 52% são relativas a coordenadores do programa Eco-Escolas (EE) e 43% a professores.
Quando questionados sobre quais os principais comportamentos para levar a cabo a poupança energética os inquiridos demostraram que, de uma forma global, têm um desempenho ambiental de nível bom médio. Por exemplo, destacamos que 92% dos participantes refere evitar usar o ferro de engomar em usos pontuais; 89% opta usa (sempre ou muitas vezes) pela compra de eletrodomésticos mais eficientes e 93% opta, geralmente, pela compra de lâmpadas. Por sua vez, 77% refere apagar sempre as luzes quando está uma divisão da casa vazia, mas este valor sobe para 97%, considerando as respostas “sempre” e “muitas vezes”. De referir ainda que 88% usa (sempre ou muitas vezes) programas de baixa temperatura na máquina de lavar roupa. No entanto, apenas 48% utiliza sempre estes programas.
Contudo, merece também referência o facto de cerca de 23% dos participantes ter referido que, com frequência, ainda deixa os carregadores de telemóveis ligados depois da bateria ficar cheia. Por sua vez,  apenas 41% dos participantes desligam sempre os equipamentos (tv, aparelhagem, etc.) no próprio aparelho.

Verifica-se que as respostas a este questionário foram maioritariamente de mulheres (84%), o que está de acordo com o facto de estas estarem em maior número na atividade docente. Corroborando, um estudo publicado pela Revista Climatização (Maio/Junho 2011), demonstra que “são os homens, com até 25 anos, quem apresenta uma maior necessidade de ultrapassar barreiras à poupança energética, assim como é o público masculino, em geral, quem demonstra estar menos sensibilizado para esta temática”. Parece verificar-se que é o público feminino quem está mais sensibilizado para este assunto.
Tendo em conta os dados obtidos neste estudo parece verificar-se que a generalidade dos inquiridos tem um conhecimento médio-alto sobre o uso eficiente e poupança de energia e uma atitude “muito positiva” face à conservação de energia. Este resultado pode encontrar justificação quer no facto do envolvimento dos participantes no programa EE ser, pelo menos potencialmente, voluntário, quer pela temática deste programa, o que nos leva a considerar que há razões para considerar que há motivação e conhecimento para atuar. Este resultado é semelhante aos dados apresentados na investigação Energyprofiler[1]. Este consistiu num estudo e análise de perceções, atitudes, competências e padrões de utilização de energia por parte do sector residencial. Este revelou que a generalidade dos portugueses possui um conhecimento “médio-alto” sobre o uso eficiente de energia; e que a maioria das pessoas considera importante poupar energia, não só devido a questões ambientais, mas principalmente devido a questões económicas. Isto mostra que, ao poupar energia, ajuda-se o ambiente, mas também se poupa dinheiro.


Funcionários do Colégio Valsassina em visita de estudo à Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos da Valorsul. A realização de ações de informação e sensibilização para professores e funcionários das escolas contribui um exemplo de boas práticas.

Com o fim de avaliar o conhecimento dos inquiridos sobre a sua eficiência ambiental o questionário terminava com a questão “Já alguma vez calculou a sua Pegada Ecológica”. Cerca de 69% dos participantes afirmou nunca ter calculado a sua pegada ecológica. Este dado pode ser indicador da necessidade de, em certos casos, se passar do conhecimento à ação.
Não obstante, de uma forma geral este estudo revela que os professores envolvidos no programa Eco-Escolas apresentam  uma atitude que podemos considerar positiva face ao consumo de energia e revelam uma responsabilidade na sua utilização, executando com frequência comportamentos ecológicos. Sugere-se ainda a necessidade de desenvolver certas ações, como por exemplo: combater o “stand-by”; sensibilizar/informar para um consumo mais eficiente, através da seleção de programas de baixa temperatura nas máquinas de lavar; adoção de práticas de monitorização de consumos em casa.


[1] http://www.energyprofiler.info/sobre.php. Investigação realizada em Janeiro de 2010, da responsabilidade da Energaia e financiada pela ERSE. . Consistiu na  realização de um inquérito telefónico à escala nacional a mais de 1000 agregados familiares.

Telhados Verdes ganham terreno nas cidades: são pequenos pulmões para grandes cidades


Telhados Verdes ganham terreno nas cidades: são pequenos pulmões para grandes cidades
Duarte Mendes da Silva, Francisco Águas e Martim Nabais. 8ºC. Colégio Valsassina
Os telhados verdes estão a ganhar terreno no mundo e em Portugal, com vista a obter cidades sustentáveis. Uma cobertura normal pode aquecer até aos 60ºC, enquanto um relvado chega apenas aos 25ºC. Estas coberturas com jardins reduzem o calor e o consumo energético, sendo por isso uma alternativa sustentável perante os telhados convencionais. E ainda absorvem a água das chuvas. Contudo, os custos são ainda elevados o que está a limitar a expansão destes telhados pelas cidades. Em Portugal, exemplos como a ETAR de Alcântara, a Gulbenkian ou o Jardim das Oliveiras no Centro Cultural de Belém são projetos bem-sucedidos fornecendo o mote para o caminho a seguir rumo à sustentabilidade.
Um Telhado verde é uma técnica de arquitetura que consiste na aplicação e uso de solo e vegetação sobre uma camada impermeável, geralmente instalada na cobertura de edifícios. A utilização de telhados verdes é uma alternativa sustentável perante os telhados convencionais. As suas principais vantagens são: facilitar a drenagem (através da absorção de água da chuva, proporcionando um melhor isolamento), fornecer isolamento acústico e térmico e produzir um diferencial estético e ambiental na edificação. Além disso, ajudam a diminuir a temperatura do ar urbano e atenua o efeito de ilha de calor.
De acordo com o arquiteto Luís Silva, responsável pelo Departamento de Urbanismo de uma empresa de engenharia civil da área da grande Lisboa, “os telhados verdes são utilizados para reduzir o aquecimento, possibilitar a criação de um habitat natural, contribuem para a filtração de poluentes e de dióxido de carbono, e ajudam a isolar a acústica de um edifício”. Uma cobertura normal pode aquecer até aos 60ºC, enquanto um relvado chega apenas aos 25ºC, a diferença reflete-se na diminuição do uso de ar condicionado, na fatura energética (redução de custos entre 20 a 30%) e na pegada ecológica. De acordo com este arquiteto “os telhados convencionais são feitos de betão armado, telhas cerâmicas, telhas metálicas, ou fibrocimento, os quais acumulam calor e transferem-no para dentro do prédio. No telhado verde a cobertura vegetal encarrega-se de dissipar ou consumir esta energia pela evapotranspiração e pela fotossíntese, reduzindo o calor transferido para o interior.”
Os elementos presentes num telhado verde são, uma camada impermeável, um sistema de drenagem eficiente, permitindo uma boa retenção da água, e uma escolha adequada da vegetação (dando preferência a plantas adequadas ao clima da região).
A grande desvantagem é a nível económico. A diferença de preços para os telhados convencionais deve-se essencialmente à quantidade de materiais envolvidos e, por vezes, à complexidade de instalação e/ou à escassez de mão-de-obra especializada. Para o arquiteto Thiago Moretti, do Atelier de Isay Weinfeld situado em São Paulo, Brasil, “deve-se avaliar cada caso, contabilizando quanto se irá poupar em recursos energéticos e ambientais ao longo da vida do edifício”.
Estes dois arquitetos são unânimes, a “principal desvantagem dos telhados verdes é o custo inicial elevado”. Luís Silva realça que “um sistema de telhado verde pode custar entre 100 a 200 € por metro quadrado dependendo do tipo de telhado, da estrutura do edifício, e das plantas utilizadas”. Além disso, “há ainda a ter em atenção que alguns edifícios não conseguem suportar a carga do substrato e da vegetação”. Também não se pode pôr de lado outra questão pois “a sociedade em geral tem a ideia que esta solução contribui para o aumenta do aparecimento de insetos”.
Contudo, esclarece Luís Silva, “estamos a falar de moscas, borboletas, besouros, entre outros animais essenciais à vida de outros seres, como certas aves, o que permite o estabelecimento do espaço vital nos ecossistemas urbanos”.
A implantação de jardins nos telhados das edificações é já relativamente popular nos EUA e nos países Escandinavos e Alemanha e, aos poucos, está a conquistar o resto da Europa e a América Latina. Bons exemplos não faltam. Para Thiago Moretti “o California Academy of Science do Arquiteto Renzo Piano é um bom exemplo, pois para além de funcionar combinado com outros recursos de eficiência energética (ventilação e iluminação natural, tratamento e aproveitamento das águas, etc..), tirou partido do telhado para criar uma imagem forte para o projecto.










(À esquerda) Atualmente, um dos exemplos mais emblemáticos da utilização de coberturas verdes encontra-se nos EUA, no California Academy of Science. Fonte: http://www.seferin.com.br/pt-br/blog/renzo-piano (À direita). Instalação de um telhado verde na nova ETAR de Alcântara.


Luís Silva considera que, “estes pequenos pulmões podem mesmo servir como reguladores térmicos da cidade, podendo reduzir dois a três graus centígrados na temperatura das cidades. Sendo certo que não substituem os jardins, ajudam a diminuir o efeito de estufa”. Diz ainda que no “caso particular de Lisboa, as coberturas são cada vez mais importantes e ganham uma importância ainda maior a nível estético”. No entanto, ainda não há um consenso alargado. Para muitos esta solução é desajustada para Lisboa e dirige-se mais para casas de campo devido aos cuidados de manutenção e consumo em água. Mas, de acordo com Luís Silva “já há coberturas verdes em Lisboa sem grande manutenção (…) e no novo Plano Diretor Municipal da cidade, um dos artigos contempla a descriminação positiva para estas soluções.
Os arquitetos chamam-lhe a quinta fachada dos edifícios e a tendência está a ganhar adeptos, a nível mundial e também em Lisboa. Os telhados e coberturas das casas da capital começam a ser, também, espaços verdes. Por motivos arquiteturais, energéticos, ambientais e estéticos, colocar um relvado ou um jardim no topo das habitações começa a fazer sentido. Contudo, apesar dos evidentes benefícios constata-se que o (ainda) elevado investimento necessário para construir coberturas ajardinadas é um dos principais entraves contra esta solução paisagística. Em Portugal, exemplos como a nova ETAR de Alcântara, “a Gulbenkian ou o Jardim das Oliveiras no Centro Cultural de Belém são projetos bem-sucedidos que mostram ser este o caminho a seguir" conclui Luís Silva.

Agradecimentos. Este trabalho não teria sido possível sem a colaboração dos arquitetos Luís Silva e Thiago Moretti que, gentilmente, nos concederam uma entrevista.

Valsassina: a caminho de uma low carbon school


The Lived Experience of Climate Change: strong educational tool vs important part of the fight against climate changes


Climate Change it is and has been one of the crucial themes in the past decades and has therefore been analyzed and dissected from various perspectives. As a result of the current and further expected impact, the phenomenon of climate change has been given thought from diverse points of view – such as economic, scientific, and political. Nonetheless, not much has yet contributed to the “Lived Experience of Climate Change” – the knowledge of climate change that individuals and groups gain over time through their everyday and professional lives and which cannot be adequately categorized within conventional academic disciplines. In this article we explore the importance of real life experience. Being able to count with the collaboration of three researchers experts in this area.

Climate change has been fairly described as a “wicked problem” because of its even further exacerbating features.
According to Gordon Wilson[1], environment and development professor, the main challenges we might face in the future are the migration of “climate refugees” from countries with low adaptive capacity, the loss of development opportunities for poor countries and “the ability to bring citizens of richer countries to acknowledge the problem, accept climate change policies, and do something about climate change personally”. Sandra Caeiro[2] believes that the fights against biodiversity loss and unbalanced ecosystems represent a bigger environmental risk. Meron Taye[3] highlights that the main challenges we might face can be: frequent extreme conditions and water quality deterioration.
This means we’ll have to adapt to a changing climate. In this context, Gordon Wilson states that lived experiences can “compliment the knowledge of climate change impacts provided by natural science and social science and hence lead to better policy and actions” and at the same time motivate those who aren’t a part of the fight against climate changes by showing the innovations poor people are implementing in their lives to a larger population, while also ensuring that citizens’ voices are heard.
For Meron Taye “One’s lived experience gives an additional perspective of the impact of climate change on one’s life”. As an example, Sandra Caeiro refers to Africa. African communities with little economical resources are learning and changing their behaviours in order to adapt to their often hard natural conditions such as lack of water. A new group of “environmental refugees” are moving their homes to safer, better places in terms of consequences of climate change. We can learn from their experiences to anticipate other worldwide consequences.


The people living on the Kijabe ranch (Kenya, East Africa), are experiencing climate change which is threatening to destroy their way of life. Photo: http://becomeafriend.net.

It is necessary to capture a range of insights from companies, public sector units at both national and local government levels, NGOs and other citizen groups, etc. This way, Caeiro states that lived experiences are strong educational tools. As so they can be a part of the fight against climate changes.
Politicians should see this matter as a global issue rather than a local one and consider the growing impact it has on societies. In Gordon Wilson’s opinion, group discussions involving both politicians and citizens, of different groups and origins, can help reaching all of the society and make the decisions truly effective. Also, public campaigns work better if the groups who are affected by the fight against climate changes in a negative way are also heard and if their opinions are taken into consideration (there is equality within the process).
The complexity of this problem means that only an interdisciplinary and holistic approach will be effective. An appropriate response to change implies new ways of being, supported by new mentalities and new behaviours, which, in turn, imply sustainable interactivity between the system of society and biophysical system.

Acknowledges: This article would not be possible without the invaluable help of Gordon Wilson, Meron Taye and Sandra Caeiro.

Young Reporters for the Environment. Valsassina School, Lisbon, Portugal. Carolina Fonseca, Joana Duarte, Pedro Leal. 




[1] Gordon Wilson is an Environment and Development Professor at the UK Open University. He was a senior editor of 'Environment, development and sustainability” (Oxford Univ. Press) and co-author of 'Learning for Development'.
[2] Sandra Caeiro is an Professor in the Department of Science and Technology at Univ. Aberta and a researcher at Institute of Marine and Environmental Research. She is the coordinator of a B.Sc. programme on Environmental Sciences.
[3] Meron Taye is an Ethiopian studying at K.U. Leuven, Belgium as a doctoral student. She received an MSc degree in Water resources engineering.

sábado, junho 09, 2012

Projeto "A caminho de uma Low Carbon School" no programa "Com Ciência", RTP2, 6/6/2012


Programa "Com Ciência", RTP2, dia 6/6/12.

Mostra Nacional de Ciência: 
"Colégio Valsassina: A caminho de uma low carbon school" em destaque: http://www.rtp.pt/play/p562/e84054/com-ciencia

sábado, maio 05, 2012

Uma ideia por uma lâmpada...

Prepare-se...

Em breve as suas ideias para um Planeta mais Verde valem lâmpadas economizadoras!


terça-feira, maio 01, 2012

Pequenos gestos: não fique parado! (material para descarregar e usar)


Todos nós contribuímos para o fenómeno do aquecimento global: com a energia que consumimos em casa; com as opções de transporte em férias ou no dia-a-dia; com os resíduos que produzimos. Tal como nas nossas casas, nas empresas e nas escolas, muitas atividades implicam a emissão para a atmosfera de gases que contribuem para o efeito de estufa.

Somos todos responsáveis e, como tal, não podemos ficar à espera que "os outros" encontrem solução para este problema.

Por isso, disponibilizamos no site do Colégio Valsassina  um conjunto de materiais que o podem ajudar a ser mais eficiente, em sua casa e/ou no seu local de trabalho.


Não fique parado..... Carregue AQUI.

segunda-feira, abril 30, 2012

Assume o compromisso

(adaptado da Campanha MUDE, da UE)

Assume o compromisso: Anda a pé


O paredão de Cascais é um espaço ao ar livre, junto ao mar, onde pode desfrutar da paisagem...
No paredão de Cascais podem-se praticar actividades físicas como andar a pé, de bicicleta, patins,  jogging, entre outras. Ao longo deste percurso encontram-se também aparelhos/máquinas onde pode exercer certas actividades físicas.
Caminhar promove uma vida saudável e ativa. Além disso, ao utilizar o paredão para se deslocar não está a poluir o ambiente como acontece quando utiliza meios de transporte como o carro, a mota e os autocarros, que precisam de combustível param se deslocar o que contribui para o aquecimento global.
É por isso que o paredão é o sítio ideal para desfrutar o seu tempo livre sozinho ou acompanhado.    
Frederica Vicente Valsassina, e Inês Correia Sequeira, 8º C

Como reduzir o consumo de energia em casa: são pequenos gestos...


Eficiência e Sustentabilidade: Fazer as escolhas certas...


Eficiência energética


sexta-feira, abril 27, 2012

Questionários sobre comportamentos relacionados com consumo de energia


Somos todos parte do problema, mas também somos parte da solução. É isto que nos move. Mas assumirmo-nos como uma Low carbon school só será possível com a participação de todos os atores da comunidade.
Entre Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012 procedemos à aplicação de questionários sobre comportamentos relacionados com consumo de energia.
Este inquérito foi aplicado a todos elementos da comunidade escolar (alunos; pais/enc. educação; profs e funcionários.
Paralelamente à aplicação deste questionário junto da comunidade escolar do Colégio Valsassina, procedemos a uma adaptação deste instrumento tendo em vista a sua aplicação junto da rede Eco-Escolas (envolvendo os coordenadores das escolas e restantes professores.

Os dados já estão disponíveis AQUI.


Alterações climáticas são um problema social e económico


Alterações climáticas são um problema social e económico
Carolina Fonseca, 10º1A. Colégio Valsassina
O principal desafio que se coloca hoje ao Planeta é o impacte das alterações climáticas, uma ameaça mundial com muitos rostos diferentes. Desde inundações a secas, o modo como somos afetados pelas alterações que nos estão a atingir, e pelas que nos afetarão no futuro, varia consoante a região em que vivemos. As alterações climáticas são por isso um problema social e económico com uma expressão coletiva forte e, como tal implicam uma responsabilidade social elevada. E se não atuarmos a sério, dentro de 100 anos, as mudanças climáticas vão custar em média cerca de 5% a 20% do PIB mundial.

O desenvolvimento da ciência e da tecnologia  tem trazido diversas transformações na sociedade contemporânea, refletindo em mudanças a nível económico, político e social. É habitual considerar-se a ciência e a tecnologia como motores de progresso que proporcionam não só o desenvolvimento do saber humano, mas também uma evolução para o Homem. Vistas dessa forma, supõe-se que ambas trarão apenas benefícios à humanidade.
Porém, confiar excessivamente na ciência e na tecnologia e identificá-las com seus produtos pode ser perigoso, pois isso supõe um distanciamento delas em relação às questões com que se envolvem (Bazzo, 1998 in Pinheiro et al., 2012). Seu contexto histórico deve ser analisado e considerado como uma realidade cultural que contribui de forma decisiva  para as mudanças sociais, cujas manifestações se expressam na relação do homem consigo mesmo e com os outros.
Por sua vez, as finalidades e interesses sociais, políticos, militares e económicos que resultam do uso de novas tecnologias são também os que implicam enormes riscos; por enquanto o desenvolvimento científico-tecnológico e seus produtos não são independentes de seus interesses (Bazzo, 1998 in Pinheiro et al., 2012). O modelo tradicional no qual temos assistido ao desenvolvimento das sociedades modernas não inclui devidamente nem o papel dos fatores sociais nas várias fases de inovação tecnológica, nem as diversas interações entre todos estes fatores.
Desde que existem humanos à face da Terra que temos afetado o ambiente à nossa volta. Mas, no passado, os efeitos da caça, recoleção ou atividades agrícolas foram basicamente locais e sem grande expressão ou impacte ambiental. Este cenário alterou-se radicalmente com a Revolução Industrial, que começou à volta de 1750, e que teve uma particular intensificação nos séculos XIX e XX. Uma revolução implica uma alteração social profunda.
As alterações climáticas são, por definição, alterações do clima provocadas pela emissão de gases de efeito de estufa de carácter antropogénico, ou seja, causados por atividades humanas. Dessas atividades humanas, a produção (extração, processamento, transporte e distribuição) e uso de combustíveis fósseis são responsáveis por ¾ das emissões antropogénicas de CO2, 1/5 do metano e uma quantidade significativa do N2O.
Para além de todas as atividades que implicam a combustão de combustíveis fósseis, também contribuem de forma significativa para as alterações climáticas: a desflorestação (segunda maior fonte global de CO2); a pecuária (fermentação dos alimentos e decomposição de estrumes); o cultivo de arroz (responsável por aproximadamente ¼ das emissões globais de metano); o uso de fertilizantes agrícolas; a substituição dos CFC’s por HFC’s e PFC’s.
Do ponto de vista meramente económico, as atividades referidas podem ser caracterizadas através de um determinado padrão de atividade que, centrado em fontes energéticas fósseis, está a colocar em causa – pela sua crescente dimensão e interferência com os ciclos e ecossistemas naturais – a manutenção dos sistemas de vida existentes na Terra; por outro lado, temos um determinado tipo de comportamentos sociais e humanos (às escalas individuais / familiares, coletivas / grupais e institucionais) que dão o suporte necessário a esse modo de produção e que contribuem de forma decisiva para a manutenção dos correspondentes padrões de consumo. Transversalmente, há ainda a considerar o campo político no qual, em diferentes escalas e áreas de atividade humana, se materializam as tensões inerentes à mudança e à escolha, elementos fundamentais na resolução de problemas.
Para Rubington e Weiberg 1995 (in Carmo, 2001) um problema social é uma alegada situação incompatível com os valores de um significativo número de pessoas, que concordam ser necessário agir para o alterar.
Deste modo, as alterações climáticas constituem um problema social e económico, a uma escala global. Neste quadro, verifica-se que este é sobretudo um problema de escolha e de opção em função de uma realidade que nos confronta e que nos obriga a agir (Schmidt & Nave, 2003). De referir que, de acordo com o relatório Stern, dentro de 100 anos, as mudanças climáticas vão custar em média cerca de 5% a 20% do PIB, enquanto resolver o problema hoje custa cerca de 1% do PIB[1].
Por sua vez, para Gro Harlem Brundtland (uma das responsáveis pela criação da Comissão para o Ambiente e Desenvolvimento da ONU, missão que está na génese do relatório "Our Common Future", que viria a ditar a organização da Cimeira do Rio, em 1992) “a crise financeira pode inspirar as empresas a "limpar o ambiente", através de tecnologias mais eficientes que, a longo prazo, poupam dinheiro. A crise revelou que a visão de longo prazo é uma das dificuldades”. Numa entrevista ao Jornal de Negócios, em 12/10/2009[2], Gro Harlem Brundtland referiu que “foi uma loucura o que aconteceu. Quando vemos pessoas e empresas que se proclamam socialmente responsáveis e depois não seguem os princípios do desenvolvimento sustentável, estamos perante uma farsa. Vemo-lo a acontecer demasiado. Mas isso ilustra que sentem a pressão, que sabem que há uma opinião pública que exige mais”.
Perante tal cenário, é interessante verificar que, quando inquiridos sobre quais os riscos que, atualmente, mais preocupam os portugueses é constatata-se que os riscos ambientais surgem em segundo lugar (Fonte: WWW.Ecoline.pt) o que pode ser indicador de uma “consciência ecológica” ou, pelo menos, de uma percepção que o ambiente e a sua conservação é um pressuposto básico para a qualidade de vida e até sobrevivência da espécie humana.


As alterações das condições ambientais/climáticas e a sua imprevisibilidade deve ter expressão na adoção de novos comportamentos. Estes, resultam da necessidade que as populações estão ou irão sentir, direta ou indiretamente, para se adaptarem a novas condições ambientais[3].
Em suma, as alterações climáticas são um problema social com uma expressão coletiva forte, e de que enquanto tal implicam uma responsabilidade social elevada. Em pleno Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos espera-se que seja possível dar passos decisivos para dinamizar a economia e lutar contra a mudança climática.
Referências bibliográficas
Carmo, H. 2001. Problemas sociais contemporâneos. Universidade Aberta. Lisboa. 385 pp.
Nave, J. & Schmidt, L. 2003. As Alterações Climáticas no Quotidiano - Estudo Comportamental de Curta Duração. Relatório Final. ISCTE. Lisboa.
Pinheiro, N.; Silveira, R.; Bazzo, W. (2012). O contexto científico-tecnológico e social acerca de uma abordagem crítico-reflexiva: perspectiva e enfoque. Revista Ibero Americana de Educación. Disponível online em http://www.rieoei.org/deloslectores/2846Maciel.pdf. Consultado em 3 de abril de 2012.


[1] Consultado em 31 de março em http://europa.eu/legislation_summaries/energy/european_energy_policy/l28188_pt.htm.
[2] Consultado em 6 de abril de 2012 em http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?id=390685&template=SHOWNEWS_V2.
[3] VI Seminário Latino Americano de Geografia Física, II Seminário Ibero-Americano de Geografia Física, Universidade de Coimbra, Maio de 2010

2012 é o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos


2012 é o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos
Mariana Martinho, 12º1
Colégio Valsassina
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou que 2012 será o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos. A iniciativa foi divulgada, em Janeiro de 2102, na Cúpula Energia Mundial do Futuro, em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos. Garantir acesso a serviços de energia moderna, aumentar a eficiência energética e a produção de energia renovável são os seus objetivos para este ano.
A problemática das alterações climáticas tem sido, nas últimas décadas, objecto de grandes estudos e alvo de muita preocupação, devido ao perigo que representa. Do mesmo modo, a taxa de consumo de combustíveis fósseis parece acompanhar a crescente emissão de dióxido de carbono para a atmosfera, um dos gases mais perigosos em termos do aquecimento global e do efeito de estufa.
Com efeito, a temperatura média global tem vindo a aumentar significativamente (fig.2), causando prejuízos a vários níveis: os mais directos, que se revelam no degelo dos grandes icebergues polares e no consequente aumento do nível das águas do mar, e aqueles que incluem o desaparecimento de diferentes espécies, todos os dias. No entanto, estes fenómenos estão a tornar-se cada vez mais percetíveis no dia-a-dia: por exemplo, em Portugal, em 2012, os registos apontam para uma das secas mais graves dos últimos anos, que só está a ser possível de compensar devido às reservas de água nas albufeiras armazenadas no ano anterior [2]. Na verdade, até 15 de Março deste ano, a totalidade do território português apresentou-se nas classes mais graves do índice de PDSI (seca severa e extrema), em que 53% do território esteve em situação de seca extrema e o restante em seca severa [2].
Apesar de todas estas consequências do consumo de energia, este não é uniforme em todas as partes do mundo. Embora em alguns países possa existir um grande consumo de combustíveis fósseis, noutros, menos desenvolvidos, constatou-se que tanto a disponibilidade como o uso destas matérias é praticamente inexistente. Dados da ONU mostram que 2,4 mil milhões de pessoas, em todo o mundo, usam combustíveis de biomassa tradicionais para a preparação de alimentos e para aquecimento [3], ao passo que 1,4 mil milhões não têm acesso a energia [4], o que torna a situação da sustentabilidade mundial muito mais preocupante – a energia é considerada fundamental nas sociedades mais desenvolvidas, mas a falta dela acarreta problemas de saúde, de défice educacional, de destruição ambiental e de atraso económico [6]. Neste contexto, a ONU pretende atrair a atenção mundial para a ligação existente entre energia e pobreza, no sentido de minimizar ao máximo a ocorrência desta última, tornando 2012, o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos. Para tal, pretende-se que, até 2030, se garanta o acesso universal a serviços modernos de energia, a duplicação da taxa de melhoria de eficiência energética e a duplicação da utilização de energias renováveis a nível mundial.
De facto, poder-se-ia pôr a questão do paradoxo aparente entre o aquecimento global e a vontade de estender o acesso à energia a toda a população mundial. Para Al Gore, ex-candidato à presidência dos EUA, “os cientistas já confirmaram que a energia solar que chega à terra durante 40 minutos é suficiente para cobrir 100% do consumo mundial de energia durante todo o ano” [7]. Deste modo, a aposta em energias renováveis seria “multifuncional”: ajudaria no combate à miséria, permitiria recuar nos impactos que as alterações climáticas têm vindo a tomar e poderia, certamente, conduzir ao melhoramento da qualidade de vida das populações, em todo o mundo, evidentemente de forma sustentável.
Tais objectivos só conseguirão ser atingidos se ocorrer uma mudança de hábitos por parte de todos. Para responder à questão de “O que fazer?, citamos Al Gore, num discurso proferido em 2008, em Washington, para o qual: “There are times in the history of our nation when our very way of life depends upon dispelling illusions and awakening to the challenge of a present danger. In such moments, we are called upon to move quickly and boldly to shake off complacency, throw aside old habits and rise, clear-eyed and alert, to the necessity of big changes. Those who, for whatever reason, refuse to do their part must either be persuaded to join the effort or asked to step aside. This is such a moment. The survival of the United States of America as we know it is at risk. And even more - if more should be required - the future of human civilization is at stake”.

Bibliografia