CO2 a mais
Todos nós contribuímos para o fenómeno do aquecimento global: com a energia que consumimos nas nossas casas; com as nossas opções de transporte em férias ou no dia-a-dia; com os resíduos que produzimos… Mas se todos somos responsáveis, não podemos ficar à espera que "os outros" encontrem solução para este problema...
terça-feira, janeiro 08, 2013
domingo, junho 17, 2012
Estudo revela que os professores envolvidos no Programa Eco-Escolas têm uma atitude positiva em relação ao consumo de energia
Estudo
revela que os professores envolvidos no Programa Eco-Escolas têm uma atitude
positiva em relação ao consumo de energia
Carolina Fonseca, Catarina Pauleta, Diogo
Oliveira, Diogo Silva, Gonçalo Pereira, Joana Duarte, Manuel Portela, Pedro
Leal, Vasco Diogo. Colégio Valsassina
89% dos professores envolvidos no programa
Eco-Escolas refere evitar usar o ferro de engomar em usos pontuais, 88% usa
programas de baixa temperatura na máquina de lavar roupa e89% opta pela compra
de eletrodomésticos mais eficientes. Estes são alguns dos dados de um estudo
que decorreu em janeiro e fevereiro e que envolveu 504 participantes, a maioria
dos quais coordenadores e professores. A generalidade dos inquiridos tem um
conhecimento médio-alto sobre o uso eficiente e poupança de energia e uma
atitude “muito positiva” face à conservação de energia. Mas, há dados que
motivam alguma reflexão, tais como, 59% dos participantes deixa equipamentos,
como as televisões, em stand-by.
Todos nós contribuímos
para o fenómeno do aquecimento global:
com a energia que consumimos nas nossas casas; com as nossas opções de
transporte em férias ou no dia-a-dia; com os resíduos que produzimos. Tal como
nas nossas casas, nas empresas e nas escolas muitas actividades implicam a
emissão para a atmosfera de gases com efeito de estuda (GEE).
A comunidade internacional está a responder a este desafio através
de acordos internacionais, o mais importante dos quais é o Protocolo de
Quioto, sob o qual os países industrializados se comprometeram a
reduzir as suas emissões. Mas acima de tudo, todos somos responsáveis
e como tal não podemos ficar à espera que "os outros" encontrem
solução para este problema. Se todos fizermos um esforço este problema pode ser
reduzido. Basta pequenas acções tais como a opção de uso de transportes
públicos, não usar a viatura própria em pequenas deslocações, a compra de
produtos de origem nacional, a compra de lâmpadas economizadoras, etc..
Neste contexto foi desenvolvido, em
janeiro e fevereiro de 2012, um estudo através do qual se pretendeu identificar
comportamentos sustentáveis relacionados com o consumo de energia junto dos
professores envolvidos na aplicação do programa Eco-Escolas, nos vários
estabelecimentos de ensino em Portugal. Foi possível recolher 504 respostas (83
do sexo masculino e 421 do sexo feminino), das quais 52% são relativas a
coordenadores do programa Eco-Escolas (EE) e 43% a professores.
Quando questionados sobre quais os
principais comportamentos para levar a cabo a poupança energética os inquiridos
demostraram que, de uma forma global, têm um desempenho ambiental de nível bom
médio. Por exemplo, destacamos que 92% dos participantes refere evitar usar o
ferro de engomar em usos pontuais; 89% opta usa (sempre ou muitas vezes) pela
compra de eletrodomésticos mais eficientes e 93% opta, geralmente, pela compra
de lâmpadas. Por sua vez, 77% refere apagar sempre as luzes quando está uma
divisão da casa vazia, mas este valor sobe para 97%, considerando as respostas
“sempre” e “muitas vezes”. De referir ainda que 88% usa (sempre ou muitas
vezes) programas de baixa temperatura na máquina de lavar roupa. No entanto,
apenas 48% utiliza sempre estes programas.
Contudo, merece também referência o
facto de cerca de 23% dos participantes ter referido que, com frequência, ainda
deixa os carregadores de telemóveis ligados depois da bateria ficar cheia. Por
sua vez, apenas 41% dos participantes desligam
sempre os equipamentos (tv, aparelhagem, etc.) no próprio aparelho.
Verifica-se que as respostas a este
questionário foram maioritariamente de mulheres (84%), o que está de acordo com
o facto de estas estarem em maior número na atividade docente. Corroborando, um
estudo publicado pela Revista Climatização (Maio/Junho 2011), demonstra que
“são os homens, com até 25 anos, quem apresenta uma maior necessidade de
ultrapassar barreiras à poupança energética, assim como é o público masculino,
em geral, quem demonstra estar menos sensibilizado para esta temática”. Parece
verificar-se que é o público feminino quem está mais sensibilizado para este
assunto.
Tendo
em conta os dados obtidos neste estudo parece verificar-se que a generalidade
dos inquiridos tem um conhecimento médio-alto sobre o uso eficiente e poupança
de energia e uma atitude “muito positiva” face à conservação de energia. Este
resultado pode encontrar justificação quer no facto do envolvimento dos
participantes no programa EE ser, pelo menos potencialmente, voluntário, quer
pela temática deste programa, o que nos leva a considerar que há razões para
considerar que há motivação e conhecimento para atuar. Este resultado é
semelhante aos dados apresentados na investigação Energyprofiler[1].
Este consistiu num estudo e análise de perceções, atitudes, competências e
padrões de utilização de energia por parte do sector residencial. Este
revelou que a generalidade dos portugueses possui um conhecimento “médio-alto”
sobre o uso eficiente de energia; e que a maioria das pessoas considera
importante poupar energia, não só devido a questões ambientais, mas
principalmente devido a questões económicas. Isto mostra
que, ao poupar energia, ajuda-se o ambiente, mas também
se poupa dinheiro.
Funcionários do Colégio
Valsassina em visita de estudo à Central de Tratamento de Resíduos Sólidos
Urbanos da Valorsul. A realização de ações de informação e sensibilização para
professores e funcionários das escolas contribui um exemplo de boas práticas.
Com o fim de avaliar o conhecimento dos
inquiridos sobre a sua eficiência ambiental o questionário terminava com a
questão “Já alguma vez calculou a sua Pegada Ecológica”. Cerca de 69% dos
participantes afirmou nunca ter calculado a sua pegada ecológica. Este dado
pode ser indicador da necessidade de, em certos casos, se passar do
conhecimento à ação.
Não obstante, de uma forma geral este estudo revela que os professores envolvidos no programa Eco-Escolas apresentam uma atitude que podemos considerar positiva face ao consumo de energia e revelam uma responsabilidade na sua utilização, executando com frequência comportamentos ecológicos. Sugere-se ainda a necessidade de desenvolver certas ações, como por exemplo: combater o “stand-by”; sensibilizar/informar para um consumo mais eficiente, através da seleção de programas de baixa temperatura nas máquinas de lavar; adoção de práticas de monitorização de consumos em casa.
Não obstante, de uma forma geral este estudo revela que os professores envolvidos no programa Eco-Escolas apresentam uma atitude que podemos considerar positiva face ao consumo de energia e revelam uma responsabilidade na sua utilização, executando com frequência comportamentos ecológicos. Sugere-se ainda a necessidade de desenvolver certas ações, como por exemplo: combater o “stand-by”; sensibilizar/informar para um consumo mais eficiente, através da seleção de programas de baixa temperatura nas máquinas de lavar; adoção de práticas de monitorização de consumos em casa.
[1] http://www.energyprofiler.info/sobre.php. Investigação realizada em Janeiro de 2010, da responsabilidade da Energaia e financiada pela ERSE. . Consistiu
na realização de um inquérito telefónico
à escala nacional a mais de 1000
agregados familiares.
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Telhados Verdes ganham terreno nas cidades: são pequenos pulmões para grandes cidades
Telhados Verdes ganham terreno nas cidades: são
pequenos pulmões para grandes cidades
Duarte Mendes da Silva, Francisco Águas e Martim
Nabais. 8ºC. Colégio Valsassina
Os
telhados verdes estão a ganhar terreno no mundo e em Portugal, com vista a
obter cidades sustentáveis. Uma cobertura normal pode aquecer até aos 60ºC,
enquanto um relvado chega apenas aos 25ºC. Estas coberturas
com jardins reduzem o calor e o consumo energético, sendo por isso uma alternativa
sustentável perante os telhados convencionais. E
ainda absorvem a água das chuvas. Contudo, os custos são ainda elevados o que
está a limitar a expansão destes telhados pelas cidades. Em Portugal,
exemplos como a ETAR de Alcântara, a Gulbenkian ou o Jardim das Oliveiras no
Centro Cultural de Belém são projetos bem-sucedidos fornecendo o mote para o
caminho a seguir rumo à sustentabilidade.
Um Telhado verde é uma técnica de
arquitetura que consiste na aplicação e uso de solo e vegetação sobre uma
camada impermeável, geralmente instalada na cobertura de edifícios. A
utilização de telhados verdes é uma alternativa sustentável perante os telhados
convencionais. As suas principais vantagens são: facilitar a drenagem (através
da absorção de água da chuva, proporcionando um melhor isolamento), fornecer
isolamento acústico e térmico e produzir um diferencial estético e ambiental na
edificação. Além disso, ajudam a diminuir a temperatura do ar urbano e atenua o
efeito de ilha de calor.
De acordo com o
arquiteto Luís Silva, responsável pelo Departamento de Urbanismo de uma empresa
de engenharia civil da área da grande Lisboa, “os telhados verdes são utilizados
para reduzir o aquecimento, possibilitar a criação de um habitat natural, contribuem
para a filtração de poluentes e de dióxido de carbono, e ajudam a isolar a
acústica de um edifício”. Uma cobertura normal pode aquecer
até aos 60ºC, enquanto um relvado chega apenas aos 25ºC, a diferença reflete-se
na diminuição do uso de ar condicionado, na fatura energética (redução de
custos entre 20 a 30%) e na pegada ecológica. De acordo com este arquiteto “os telhados convencionais são feitos de betão armado,
telhas cerâmicas, telhas metálicas, ou fibrocimento, os quais acumulam calor e
transferem-no para dentro do prédio. No telhado verde a cobertura vegetal
encarrega-se de dissipar ou consumir esta energia pela evapotranspiração e pela
fotossíntese, reduzindo o calor transferido para o interior.”
Os elementos presentes num telhado
verde são, uma camada impermeável, um sistema de drenagem eficiente, permitindo
uma boa retenção da água, e uma escolha adequada da vegetação (dando
preferência a plantas adequadas ao clima da região).
A grande desvantagem é a nível
económico. A diferença de preços para os telhados convencionais deve-se
essencialmente à quantidade de materiais envolvidos e, por vezes, à
complexidade de instalação e/ou à escassez de mão-de-obra especializada. Para o arquiteto Thiago Moretti,
do Atelier de Isay Weinfeld situado em São Paulo, Brasil, “deve-se avaliar
cada caso, contabilizando quanto se irá poupar em recursos energéticos e
ambientais ao longo da vida do edifício”.
Estes dois arquitetos são unânimes,
a “principal desvantagem dos telhados verdes é o custo inicial
elevado”. Luís Silva realça que “um sistema de telhado verde pode custar entre 100 a 200 €
por metro quadrado dependendo do tipo de telhado, da estrutura do edifício, e
das plantas utilizadas”. Além disso, “há ainda a ter em atenção que alguns edifícios não conseguem
suportar a carga do substrato e da vegetação”. Também não se pode pôr de lado outra
questão pois “a sociedade em geral tem
a ideia que esta solução contribui para o aumenta do aparecimento de insetos”.
Contudo, esclarece
Luís Silva, “estamos a falar de moscas,
borboletas, besouros, entre outros animais essenciais à vida de outros seres, como
certas aves, o que permite o estabelecimento do espaço vital nos ecossistemas
urbanos”.
A implantação de jardins nos
telhados das edificações é já relativamente popular nos EUA e nos países Escandinavos
e Alemanha e, aos poucos, está a conquistar o resto da Europa e a América
Latina. Bons exemplos não faltam. Para Thiago Moretti “o California
Academy of Science do Arquiteto Renzo Piano é um bom exemplo, pois para além de
funcionar combinado com outros recursos de eficiência energética (ventilação e iluminação
natural, tratamento e aproveitamento das águas, etc..), tirou partido do
telhado para criar uma imagem forte para o projecto.
(À esquerda) Atualmente, um dos
exemplos mais emblemáticos da utilização de coberturas verdes encontra-se nos
EUA, no California Academy of
Science. Fonte: http://www.seferin.com.br/pt-br/blog/renzo-piano (À direita). Instalação
de um telhado verde na nova ETAR de Alcântara.
Luís Silva
considera que, “estes pequenos pulmões podem mesmo servir como reguladores
térmicos da cidade, podendo reduzir dois a três graus centígrados na
temperatura das cidades. Sendo certo que não substituem os jardins, ajudam a
diminuir o efeito de estufa”. Diz ainda que no “caso particular de Lisboa, as coberturas são cada vez mais
importantes e ganham uma importância ainda maior a nível estético”. No entanto, ainda não há um consenso alargado. Para muitos esta
solução é desajustada para Lisboa e dirige-se mais para casas de campo devido
aos cuidados de manutenção e consumo em água. Mas, de acordo com Luís
Silva “já há coberturas verdes em Lisboa sem grande manutenção (…) e no novo
Plano Diretor Municipal da cidade, um dos artigos contempla a descriminação
positiva para estas soluções.
Os arquitetos
chamam-lhe a quinta fachada dos edifícios e a tendência está a ganhar adeptos,
a nível mundial e também em Lisboa. Os telhados e coberturas das casas da
capital começam a ser, também, espaços verdes. Por motivos arquiteturais,
energéticos, ambientais e estéticos, colocar um relvado ou um jardim no topo
das habitações começa a fazer sentido. Contudo, apesar dos
evidentes benefícios constata-se que o (ainda) elevado investimento necessário
para construir coberturas ajardinadas é um dos principais entraves contra esta
solução paisagística. Em Portugal, exemplos
como a nova ETAR de Alcântara, “a Gulbenkian ou o Jardim das Oliveiras no
Centro Cultural de Belém são projetos bem-sucedidos que mostram ser este o
caminho a seguir" conclui Luís Silva.
Agradecimentos.
Este trabalho não teria sido possível sem a colaboração dos arquitetos Luís
Silva e Thiago Moretti que,
gentilmente, nos concederam uma entrevista.
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The Lived Experience of Climate Change: strong educational tool vs important part of the fight against climate changes
Climate Change it is and has been one of the crucial themes in the past
decades and has therefore been analyzed and dissected from various
perspectives. As
a result of the current and further expected impact, the phenomenon
of climate change has been given thought from diverse points of view – such as
economic, scientific, and political. Nonetheless, not much has yet contributed
to the “Lived Experience of Climate Change” – the knowledge of climate change
that individuals and groups gain over time through their everyday and professional
lives and which cannot be adequately categorized within conventional academic
disciplines. In this article we explore the importance
of real life experience. Being able to
count with the collaboration of three researchers experts in this area.
Climate change has
been fairly described as a “wicked problem” because of its even further
exacerbating features.
According
to Gordon Wilson[1],
environment
and development professor, the main challenges we might face in the future are
the migration of “climate refugees” from countries with low adaptive capacity,
the loss of development opportunities for poor countries and “the ability to
bring citizens
of richer countries to acknowledge the problem, accept climate change policies,
and do something about climate change personally”. Sandra
Caeiro[2] believes that the fights against biodiversity loss
and unbalanced ecosystems represent a bigger environmental risk. Meron Taye[3]
highlights that the main challenges we might face can be: frequent extreme conditions and water quality deterioration.
This means we’ll have to adapt to a changing climate. In
this context, Gordon Wilson states that lived experiences can
“compliment the knowledge of climate change impacts provided by natural science
and social science and hence lead to better policy and actions” and at the same
time motivate those who aren’t a part of the fight against climate changes by
showing the innovations poor people are implementing in their lives to a larger
population, while also ensuring that citizens’ voices are heard.
For Meron Taye “One’s
lived experience gives an additional perspective of the impact of climate
change on one’s life”. As an example, Sandra Caeiro refers to
Africa. African communities with little economical resources are learning and
changing their behaviours in order to adapt to their often hard natural
conditions such as lack of water. A new group of “environmental
refugees” are moving their homes to safer, better places in terms of consequences of
climate change. We can learn from their experiences to anticipate other worldwide consequences.
The people
living on the Kijabe ranch (Kenya, East Africa), are experiencing climate change which is threatening
to destroy their way of life. Photo: http://becomeafriend.net.
It is necessary to capture a range
of insights from companies, public sector units at both national and local government
levels, NGOs and other citizen groups, etc. This way, Caeiro states that
lived experiences are strong educational tools. As so they can be a part of the
fight against climate changes.
Politicians should see this matter as a
global issue rather than a local one and consider the growing impact it has on
societies. In Gordon Wilson’s opinion, group discussions involving both
politicians and citizens, of different groups and origins, can help reaching
all of the society and make the decisions truly effective. Also, public
campaigns work better if the groups who are affected by the fight against
climate changes in a negative way are also heard and if their opinions are
taken into consideration (there is equality within the process).
The complexity of this problem means that
only an interdisciplinary and holistic approach will be effective. An appropriate response to
change implies new ways of being, supported by new mentalities and new
behaviours, which, in turn, imply sustainable interactivity between the system
of society and biophysical system.
Acknowledges: This article would not be possible without
the invaluable help of Gordon Wilson, Meron
Taye and Sandra Caeiro.
Young Reporters
for the Environment. Valsassina School, Lisbon, Portugal. Carolina
Fonseca, Joana Duarte, Pedro Leal.
[1] Gordon Wilson is
an Environment and Development Professor at the UK Open University. He was a
senior editor of 'Environment,
development and sustainability” (Oxford Univ.
Press) and co-author of 'Learning for Development'.
[2] Sandra Caeiro is an Professor in the Department of Science and Technology at Univ.
Aberta and a researcher at Institute of Marine and Environmental Research. She
is the coordinator of a B.Sc. programme on Environmental Sciences.
[3] Meron Taye is an
Ethiopian studying at K.U. Leuven, Belgium as a doctoral student. She received
an MSc degree in Water resources engineering.
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sábado, junho 09, 2012
Projeto "A caminho de uma Low Carbon School" no programa "Com Ciência", RTP2, 6/6/2012
Programa "Com Ciência", RTP2, dia 6/6/12.
Mostra Nacional de Ciência:
"Colégio Valsassina: A caminho de uma low carbon school" em destaque: http://www.rtp.pt/ play/p562/e84054/com-ciencia
sábado, maio 05, 2012
Uma ideia por uma lâmpada...
Prepare-se...
Em breve as suas ideias para um Planeta mais Verde valem lâmpadas economizadoras!
terça-feira, maio 01, 2012
Pequenos gestos: não fique parado! (material para descarregar e usar)
Todos nós contribuímos
para o fenómeno do aquecimento global: com a energia que consumimos em casa;
com as opções de transporte em férias ou no dia-a-dia; com os resíduos que
produzimos. Tal como nas nossas casas, nas empresas e nas escolas, muitas atividades
implicam a emissão para a atmosfera de gases que contribuem para o efeito de
estufa.
Somos todos responsáveis e, como tal, não podemos ficar à espera
que "os outros" encontrem solução para este problema.
Não fique parado..... Carregue AQUI.
segunda-feira, abril 30, 2012
Assume o compromisso: Anda a pé
O paredão de Cascais é um espaço ao ar livre,
junto ao mar, onde pode desfrutar da paisagem...
No paredão de Cascais podem-se praticar actividades
físicas como andar a pé, de bicicleta, patins, jogging, entre outras. Ao longo deste percurso encontram-se também
aparelhos/máquinas onde pode exercer certas actividades físicas.
Caminhar promove uma vida saudável e ativa. Além disso, ao
utilizar o paredão para se deslocar não está a poluir o ambiente como acontece
quando utiliza meios de transporte como o carro, a mota e os
autocarros, que precisam de combustível param se deslocar o que contribui para
o aquecimento global.
É por isso que o paredão é o sítio ideal para desfrutar
o seu tempo livre sozinho ou acompanhado.
Frederica Vicente
Valsassina, e Inês Correia Sequeira, 8º C
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sexta-feira, abril 27, 2012
Questionários sobre comportamentos relacionados com consumo de energia
Somos todos parte do problema, mas também somos parte da solução. É isto
que nos move. Mas assumirmo-nos como uma Low carbon school só será possível com
a participação de todos os atores da comunidade.
Entre Dezembro de 2011 e Janeiro de 2012 procedemos à aplicação de questionários sobre comportamentos relacionados com consumo de energia.
Este inquérito foi aplicado a todos elementos da comunidade escolar (alunos; pais/enc. educação; profs e funcionários.
Paralelamente à aplicação deste questionário junto da comunidade escolar
do Colégio Valsassina, procedemos a uma adaptação deste instrumento tendo em
vista a sua aplicação junto da rede Eco-Escolas (envolvendo os coordenadores
das escolas e restantes professores.
Os dados já estão disponíveis AQUI.
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Alterações climáticas são um problema social e económico
Alterações climáticas são um problema social e económico
Carolina Fonseca, 10º1A. Colégio Valsassina
O principal desafio que se
coloca hoje ao Planeta é o impacte das alterações climáticas, uma ameaça
mundial com muitos rostos diferentes. Desde inundações a secas, o modo como
somos afetados pelas alterações que nos estão a atingir, e pelas que nos afetarão
no futuro, varia consoante a região em que vivemos. As alterações climáticas
são por isso um problema social e económico com uma expressão coletiva forte e,
como tal implicam uma responsabilidade social elevada. E se não atuarmos a sério, dentro de 100 anos, as mudanças climáticas
vão custar em média cerca de 5% a 20% do PIB mundial.
O desenvolvimento da ciência e da
tecnologia tem trazido diversas
transformações na sociedade contemporânea, refletindo em mudanças a nível
económico, político e social. É habitual considerar-se a ciência e a tecnologia
como motores de progresso que proporcionam não só o desenvolvimento do saber
humano, mas também uma evolução para o Homem. Vistas dessa forma, supõe-se que
ambas trarão apenas benefícios à humanidade.
Porém,
confiar excessivamente na ciência e na tecnologia e identificá-las com seus
produtos pode ser perigoso, pois isso supõe um distanciamento delas em relação
às questões com que se envolvem (Bazzo, 1998 in Pinheiro et al.,
2012). Seu contexto histórico deve ser analisado e considerado como uma
realidade cultural que contribui de forma decisiva para as mudanças sociais, cujas manifestações
se expressam na relação do homem consigo mesmo e com os outros.
Por
sua vez, as finalidades e interesses sociais, políticos, militares e económicos
que resultam do uso de novas tecnologias são também os que implicam enormes
riscos; por enquanto o desenvolvimento científico-tecnológico e seus produtos
não são independentes de seus interesses (Bazzo, 1998 in Pinheiro et
al., 2012). O modelo tradicional no qual temos assistido ao desenvolvimento das
sociedades modernas não inclui devidamente nem o papel dos fatores sociais nas
várias fases de inovação tecnológica, nem as diversas interações entre todos
estes fatores.
Desde que existem humanos à face da Terra que temos afetado o
ambiente à nossa volta. Mas, no passado, os efeitos da caça, recoleção ou
atividades agrícolas foram basicamente locais e sem grande expressão ou
impacte ambiental. Este cenário alterou-se radicalmente com a Revolução
Industrial, que começou à volta de 1750, e que teve uma particular
intensificação nos séculos XIX e XX. Uma revolução implica uma alteração social
profunda.
As alterações climáticas são, por definição, alterações do clima
provocadas pela emissão de gases de efeito de estufa de carácter antropogénico,
ou seja, causados por atividades humanas. Dessas atividades humanas, a produção
(extração, processamento, transporte e distribuição) e uso de combustíveis
fósseis são responsáveis por ¾ das emissões antropogénicas de CO2,
1/5 do metano e uma quantidade significativa do N2O.
Para além de todas as atividades que implicam a combustão de
combustíveis fósseis, também contribuem de forma significativa para as
alterações climáticas: a desflorestação (segunda maior fonte global de CO2);
a pecuária (fermentação dos alimentos e decomposição de estrumes); o cultivo de
arroz (responsável por aproximadamente ¼ das emissões globais de metano); o uso
de fertilizantes agrícolas; a substituição dos CFC’s por HFC’s e PFC’s.
Do ponto de vista meramente económico, as atividades referidas
podem ser caracterizadas através de um determinado padrão de atividade que,
centrado em fontes energéticas fósseis, está a colocar em causa – pela sua
crescente dimensão e interferência com os ciclos e ecossistemas naturais – a
manutenção dos sistemas de vida existentes na Terra; por outro lado, temos um
determinado tipo de comportamentos sociais e humanos (às escalas individuais /
familiares, coletivas / grupais e institucionais) que dão o suporte necessário
a esse modo de produção e que contribuem de forma decisiva para a manutenção
dos correspondentes padrões de consumo. Transversalmente, há ainda a considerar
o campo político no qual, em diferentes escalas e áreas de atividade humana, se
materializam as tensões inerentes à mudança e à escolha, elementos fundamentais
na resolução de problemas.
Para Rubington e Weiberg 1995 (in Carmo, 2001) um problema
social é uma alegada situação incompatível com os valores de um significativo
número de pessoas, que concordam ser necessário agir para o alterar.
Deste modo, as alterações climáticas constituem um problema social
e económico, a uma escala global. Neste quadro, verifica-se que este é
sobretudo um problema de escolha e de opção em função de uma realidade que nos
confronta e que nos obriga a agir (Schmidt & Nave, 2003). De referir que, de acordo com o relatório
Stern, dentro de 100 anos, as mudanças climáticas vão custar em média cerca de
5% a 20% do PIB, enquanto resolver o problema hoje custa cerca de 1% do PIB[1].
Por sua vez, para Gro Harlem Brundtland (uma das responsáveis pela
criação da Comissão para o Ambiente e Desenvolvimento da ONU, missão que está
na génese do relatório "Our Common Future", que viria a ditar a
organização da Cimeira do Rio, em 1992) “a crise financeira pode inspirar as
empresas a "limpar o ambiente", através de tecnologias mais
eficientes que, a longo prazo, poupam dinheiro. A crise revelou que a visão de
longo prazo é uma das dificuldades”. Numa entrevista ao Jornal de Negócios, em
12/10/2009[2], Gro Harlem Brundtland
referiu que “foi uma loucura o que aconteceu. Quando vemos pessoas e empresas
que se proclamam socialmente responsáveis e depois não seguem os princípios do
desenvolvimento sustentável, estamos perante uma farsa. Vemo-lo a acontecer
demasiado. Mas isso ilustra que sentem a pressão, que sabem que há uma opinião
pública que exige mais”.
Perante
tal cenário, é interessante verificar que, quando inquiridos sobre quais os
riscos que, atualmente, mais preocupam os portugueses é constatata-se que os riscos ambientais surgem em
segundo lugar (Fonte: WWW.Ecoline.pt) o que pode ser indicador de uma
“consciência ecológica” ou, pelo menos, de uma percepção que o ambiente e a sua
conservação é um pressuposto básico para a qualidade de vida e até
sobrevivência da espécie humana.
As alterações das
condições ambientais/climáticas e a sua imprevisibilidade deve ter expressão na
adoção de novos comportamentos. Estes, resultam da necessidade que as
populações estão ou irão sentir, direta ou indiretamente, para se adaptarem a
novas condições ambientais[3].
Em suma, as alterações climáticas são um problema social com uma
expressão coletiva forte, e de que enquanto tal implicam uma responsabilidade
social elevada. Em pleno Ano Internacional
da Energia Sustentável para Todos espera-se que seja possível dar passos decisivos
para dinamizar a economia e lutar contra a
mudança climática.
Referências bibliográficas
Carmo, H. 2001. Problemas sociais contemporâneos.
Universidade Aberta. Lisboa. 385 pp.
Nave, J. & Schmidt, L. 2003. As Alterações
Climáticas no Quotidiano - Estudo Comportamental de Curta Duração. Relatório Final. ISCTE. Lisboa.
Pinheiro, N.; Silveira, R.; Bazzo, W. (2012). O contexto
científico-tecnológico e social acerca de uma abordagem crítico-reflexiva:
perspectiva e enfoque. Revista Ibero Americana de Educación. Disponível online
em http://www.rieoei.org/deloslectores/2846Maciel.pdf. Consultado em 3 de abril
de 2012.
[1]
Consultado em 31 de março em
http://europa.eu/legislation_summaries/energy/european_energy_policy/l28188_pt.htm.
[2]
Consultado em 6 de abril de 2012 em http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?id=390685&template=SHOWNEWS_V2.
[3] VI Seminário Latino Americano de Geografia Física, II Seminário Ibero-Americano
de Geografia Física, Universidade de Coimbra, Maio de 2010
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2012 é o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos
2012 é o Ano
Internacional da Energia Sustentável para Todos
Mariana
Martinho, 12º1
Colégio
Valsassina
O secretário-geral da ONU,
Ban Ki-moon, anunciou que 2012 será o Ano Internacional da Energia Sustentável
para Todos. A iniciativa foi divulgada, em Janeiro de 2102, na Cúpula Energia
Mundial do Futuro, em Abu
Dhabi , Emirados Árabes Unidos. Garantir acesso a serviços de energia moderna, aumentar a eficiência
energética e a produção de energia renovável são os seus objetivos para este
ano.
A problemática das alterações
climáticas tem sido, nas últimas décadas, objecto de grandes estudos e alvo de
muita preocupação, devido ao perigo que representa. Do mesmo modo, a taxa de
consumo de combustíveis fósseis parece acompanhar a crescente emissão de
dióxido de carbono para a atmosfera, um dos gases mais perigosos em termos do
aquecimento global e do efeito de estufa.
Com efeito, a temperatura
média global tem vindo a aumentar significativamente (fig.2), causando
prejuízos a vários níveis: os mais directos, que se revelam no degelo dos
grandes icebergues polares e no consequente aumento do nível das águas do mar,
e aqueles que incluem o desaparecimento de diferentes espécies, todos os dias.
No entanto, estes fenómenos estão a tornar-se cada vez mais percetíveis no
dia-a-dia: por exemplo, em Portugal, em 2012, os registos apontam para uma das
secas mais graves dos últimos anos, que só está a ser possível de compensar
devido às reservas de água nas albufeiras armazenadas no ano anterior [2].
Na verdade, até 15 de Março deste ano, a totalidade do território português
apresentou-se nas classes mais graves do índice de PDSI (seca severa e
extrema), em que 53% do território esteve em situação de seca extrema e o
restante em seca severa [2].
Apesar de todas estas consequências do consumo de energia, este não é
uniforme em todas as partes do mundo. Embora em alguns países possa existir um grande consumo de combustíveis
fósseis, noutros, menos desenvolvidos, constatou-se que tanto a disponibilidade
como o uso destas matérias é praticamente inexistente. Dados da ONU mostram que
2,4 mil milhões de pessoas, em todo o mundo, usam combustíveis de biomassa
tradicionais para a preparação de alimentos e para aquecimento [3],
ao passo que 1,4 mil milhões não têm acesso a energia [4], o que torna
a situação da sustentabilidade mundial muito mais preocupante – a energia é
considerada fundamental nas sociedades mais desenvolvidas, mas a falta dela acarreta
problemas de saúde, de défice educacional, de destruição ambiental e de atraso
económico [6]. Neste contexto, a ONU pretende atrair a atenção
mundial para a ligação existente entre energia e pobreza, no sentido de
minimizar ao máximo a ocorrência desta última, tornando 2012, o Ano
Internacional da Energia Sustentável para Todos. Para tal, pretende-se que, até
2030, se garanta o acesso universal a serviços modernos de energia, a
duplicação da taxa de melhoria de eficiência energética e a duplicação da
utilização de energias renováveis a nível mundial.
De facto, poder-se-ia pôr
a questão do paradoxo aparente entre o aquecimento global e a vontade de
estender o acesso à energia a toda a população mundial. Para Al Gore,
ex-candidato à presidência dos EUA, “os cientistas já confirmaram que a energia
solar que chega à terra durante 40 minutos é suficiente para cobrir 100% do
consumo mundial de energia durante todo o ano” [7]. Deste modo, a
aposta em energias renováveis seria “multifuncional”: ajudaria no combate à miséria,
permitiria recuar nos impactos que as alterações climáticas têm vindo a tomar e
poderia, certamente, conduzir ao melhoramento da qualidade de vida das
populações, em todo o mundo, evidentemente de forma sustentável.
Tais objectivos só
conseguirão ser atingidos se ocorrer uma mudança de hábitos por parte de todos.
Para responder à questão de “O que fazer?, citamos Al Gore, num discurso
proferido em 2008, em Washington ,
para o qual: “There are times in the history of our nation when our very way of
life depends upon dispelling illusions and awakening to the challenge of a present
danger. In such moments, we are called upon to move quickly
and boldly to shake off complacency, throw aside old habits and rise,
clear-eyed and alert, to the necessity of big changes. Those who, for whatever
reason, refuse to do their part must either be persuaded to join the effort or
asked to step aside. This is such a moment. The survival of the United States of America
as we know it is at risk. And even more - if more should be required - the
future of human civilization is at stake”.
Bibliografia
[1]http://www.npr.org/2009/12/11/121240453/climate-change-trends-carbon-emissions-giants~
(consultado em 02.04.2012)
[2]http://www.geografia7.com/seca-em-portugal---2012.html
(consultado em 02.04.2012)
[3]http://tilz.tearfund.org/webdocs/Tilz/Roots/Portuguese/Environmental%20Sustainability/ROOTS_13_P_Section%203.pdf
(consultado em 02.04.2012)
[4]http://essetalmeioambiente.com/2012-ano-internacional-da-energia-sustentavel-para-todos/
(consultado em 02.04.2012)
[5]http://www.geocotidiano.xpg.com.br/3_ano/1_aquec_global.html
(consultado em 02.04.2012)
[6]http://pelanatureza.pt/energia/noticias/2012-ano-internacional-da-energia-sustentavel-para-todos-42824282
(consultado em 02.04.2012)
[7]http://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=92638501
(consultado em 02.04.2012)
Etiquetas:
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