Actividades humanas como a indústria energética, manufactureira, da construção ou dos transportes, responsáveis pela a queima de combustíveis fósseis; a criação de gado, responsável pela libertação grandes quantidades de metano; e a queima de resíduos agrícolas, florestais e urbanos, têm vindo a provocar um aumento da concentração de gases com efeito de estufa, como o dióxido de carbono, o metano ou o vapor de água, na atmosfera.
Estes gases encontram-se naturalmente na atmosfera, onde retêm as radiações infravermelhas que a Terra reflecte, e reenviam-nas para a Terra, aumentando a sua temperatura média – ao que chamamos Efeito de Estufa. Mas quando as concentrações destes gases na atmosfera são elevadas, este efeito é ampliado. Deste modo, as zonas glaciares, que muito contribuem para a reflexão da radiação solar, derretem, tornando-se impossível evitar a subida da temperatura do planeta. Há, portanto, uma maior formação de vapor de água e nuvens que, se, por um lado, diminui a entrada de radiação solar na atmosfera, dificulta ainda mais a sua saída.
As alterações climáticas têm inúmeras consequências em todo o mundo. Entre elas, destacam-se o aumento da temperatura média da Terra (mais 0,6º C desde o início do século) e o aumento do nível médio das águas do mar devido à destruição dos gelos e consequentes alterações nas correntes oceânicas. Esta subida afecta as populações das zonas costeiras que vêem as cidades onde habitavam ficarem submersas, e forçará o deslocamento de populações inteiras, podendo provocar vagas de refugiados e catástrofes humanitárias.
O ciclo hidrológico, o regime de precipitação e a disponibilidade de água também serão bastante afectados, prevendo-se que a população que vive em zonas de difícil acesso aos recursos hídricos passe de 1/3 para 2/3 em 2025, o que poderá provocar um aumento do número de mortes por desidratação, bem como graves problemas na produção agrícola, e assim provocar problemas de subnutrição em diversos países.
Prevêem-se ainda alterações da frequência e intensidade de frio e calor e uma maior frequência de fenómenos climatéricos extremos, como furacões, chuvas intensas, ondas de calor e cheias, os quais provocarão um aumento da mortalidade no período em que ocorrerem, conforme se evidencia pela forte correlação visível nas Fig. 2 e Fig. 3.
Estes gases encontram-se naturalmente na atmosfera, onde retêm as radiações infravermelhas que a Terra reflecte, e reenviam-nas para a Terra, aumentando a sua temperatura média – ao que chamamos Efeito de Estufa. Mas quando as concentrações destes gases na atmosfera são elevadas, este efeito é ampliado. Deste modo, as zonas glaciares, que muito contribuem para a reflexão da radiação solar, derretem, tornando-se impossível evitar a subida da temperatura do planeta. Há, portanto, uma maior formação de vapor de água e nuvens que, se, por um lado, diminui a entrada de radiação solar na atmosfera, dificulta ainda mais a sua saída.
As alterações climáticas têm inúmeras consequências em todo o mundo. Entre elas, destacam-se o aumento da temperatura média da Terra (mais 0,6º C desde o início do século) e o aumento do nível médio das águas do mar devido à destruição dos gelos e consequentes alterações nas correntes oceânicas. Esta subida afecta as populações das zonas costeiras que vêem as cidades onde habitavam ficarem submersas, e forçará o deslocamento de populações inteiras, podendo provocar vagas de refugiados e catástrofes humanitárias.
O ciclo hidrológico, o regime de precipitação e a disponibilidade de água também serão bastante afectados, prevendo-se que a população que vive em zonas de difícil acesso aos recursos hídricos passe de 1/3 para 2/3 em 2025, o que poderá provocar um aumento do número de mortes por desidratação, bem como graves problemas na produção agrícola, e assim provocar problemas de subnutrição em diversos países.
Prevêem-se ainda alterações da frequência e intensidade de frio e calor e uma maior frequência de fenómenos climatéricos extremos, como furacões, chuvas intensas, ondas de calor e cheias, os quais provocarão um aumento da mortalidade no período em que ocorrerem, conforme se evidencia pela forte correlação visível nas Fig. 2 e Fig. 3.
Além disso, um aumento da temperatura aliado a cheias mais frequentes em zonas temperadas cria as condições ideais para o desenvolvimento de mosquitos, e de outros vectores de propagação de doenças, como a febre-amarela, o dengue ou a malária.
No caso da malária, a doença é causada por mosquitos que transportam o parasita Plasmodium vivax, que necessita de três semanas a temperaturas entre 14,5ºC e 35ºC para incubar, sobrevivendo mais de 15% dos mosquitos, por exemplo, a 22ºC. Por contraste, são necessários 56 dias para incubar a apenas 18ºC, e a 40ºC ocorre a mortalidade térmica deste parasita (Martens, 1998). Um aumento de temperatura ao longo do ano favorece portanto o seu desenvolvimento em climas temperados, como se pode ver na Fig. 5.
Actualmente, cerca de metade da população mundial é afectada pela malária, endémica em 106 países, alguns dos quais à beira de um colapso malárico. Todos os anos morrem 1.5 milhões de pessoas e registam-se 500 milhões de novos casos, pelo que esta doença (em conjunto com o VIH/SIDA e a tuberculose) é um grande obstáculo ao desenvolvimento de países, principalmente africanos.
Segundo a Agência Lusa, “os países do Sul da Europa poderão ser atingidos por doenças já erradicadas no continente no prazo de 50 a 100 anos, devido ao previsível aumento da temperatura e a outras alterações climáticas, defendem alguns especialistas. Países europeus como Portugal, Espanha, Itália e Grécia poderão voltar a conviver com a malária, erradicada de Portugal em 1950, e o dengue, ambas doenças tropicais transmitidas pelos mosquitos”.
No entanto, não se verificam actualmente casos de malária em Portugal, pelo que se conclui que a população endémica de mosquitos não se encontra contaminada com o parasita Plasmodium Vivax. A ocorrência de malária é ainda pouco provável, pois nos meses de calor (entre Julho e Setembro), temos períodos de incubação mínimos de 20 dias, que correspondem a taxas de sobrevivência do mosquito entre os 24% e os 31%. Num futuro próximo, as previsões apontam para períodos de incubação do parasita inferior a 10 dias e uma taxa de sobrevivência do mosquito entre os 31 e 35%, factores que combinados aumentarão significativamente a probabilidade de ocorrência de malária em Portugal.
A transmissão desta doença (fig. 6) ocorre quando um mosquito fêmea pousa sobre uma superfície da pele descoberta e nela mergulha as suas componentes bucais em forma de agulha. Atravessando a epiderme e a derme, perfura a rede de microcapilares sanguíneos, sugando o sangue e impedindo-o de coagular através da saliva. Das glândulas salivares do mosquito são libertados os parasitas Plasmodium Vivax para a corrente sanguínea, que os transporta até ao fígado, onde são introduzidos em células hepáticas, começando assim a multiplicar-se.
Segundo a Agência Lusa, “os países do Sul da Europa poderão ser atingidos por doenças já erradicadas no continente no prazo de 50 a 100 anos, devido ao previsível aumento da temperatura e a outras alterações climáticas, defendem alguns especialistas. Países europeus como Portugal, Espanha, Itália e Grécia poderão voltar a conviver com a malária, erradicada de Portugal em 1950, e o dengue, ambas doenças tropicais transmitidas pelos mosquitos”.
No entanto, não se verificam actualmente casos de malária em Portugal, pelo que se conclui que a população endémica de mosquitos não se encontra contaminada com o parasita Plasmodium Vivax. A ocorrência de malária é ainda pouco provável, pois nos meses de calor (entre Julho e Setembro), temos períodos de incubação mínimos de 20 dias, que correspondem a taxas de sobrevivência do mosquito entre os 24% e os 31%. Num futuro próximo, as previsões apontam para períodos de incubação do parasita inferior a 10 dias e uma taxa de sobrevivência do mosquito entre os 31 e 35%, factores que combinados aumentarão significativamente a probabilidade de ocorrência de malária em Portugal.
A transmissão desta doença (fig. 6) ocorre quando um mosquito fêmea pousa sobre uma superfície da pele descoberta e nela mergulha as suas componentes bucais em forma de agulha. Atravessando a epiderme e a derme, perfura a rede de microcapilares sanguíneos, sugando o sangue e impedindo-o de coagular através da saliva. Das glândulas salivares do mosquito são libertados os parasitas Plasmodium Vivax para a corrente sanguínea, que os transporta até ao fígado, onde são introduzidos em células hepáticas, começando assim a multiplicar-se.
A malária é uma doença ainda mais nefasta pois sistema imunitário humano apenas é accionado uma a duas semanas após a picada de mosquito, só então surgindo os sintomas indicativos da doença: cefaleias, dores musculares, febres altas e suores abundantes.
Em cada 30 segundos morre uma criança de malária, e muitas das sobreviventes sofrem de lesões cerebrais.
Bibliografia:
Filkel, M., "Bedlam in the blood malaria", National Geographic Magazine, July 2007
Gomes, J., "Sustentabilidade na terra", Constância Editores, 2002
Petit, J.R. e tal; “Climate and atmosferical history of the past 420 000 years from the Vostok ice core in Artárctica” Nature 399, 1999
Calheiros, José Manuel; “Alterações Climáticas e repercussões na Saúde” (apresentado no Ciclo de Conferências Ciência e Saúde da Fundação Calouste Gulbenkian).
Harvard Medical School: “Climate Change Futures: Health, Ecological and Economic Dimensions.”
Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa: www.imm.ul.pt
Em cada 30 segundos morre uma criança de malária, e muitas das sobreviventes sofrem de lesões cerebrais.
Bibliografia:
Filkel, M., "Bedlam in the blood malaria", National Geographic Magazine, July 2007
Gomes, J., "Sustentabilidade na terra", Constância Editores, 2002
Petit, J.R. e tal; “Climate and atmosferical history of the past 420 000 years from the Vostok ice core in Artárctica” Nature 399, 1999
Calheiros, José Manuel; “Alterações Climáticas e repercussões na Saúde” (apresentado no Ciclo de Conferências Ciência e Saúde da Fundação Calouste Gulbenkian).
Harvard Medical School: “Climate Change Futures: Health, Ecological and Economic Dimensions.”
Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa: www.imm.ul.pt
Nota: existem duas versões: em português e em inglês.
Trabalho apresentado no âmbito dos Jovens Repórteres para o Ambiente por:
Ana Filipa Louro, 11º 1A; António Grilo, 12º1A; Marta Magalhães da Silva, 9ºA; Pedro Silva, 12º 1A